segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Gonçalo Borges e Cátia Teixeira vencem em Carregal do Sal




"Poucos mas bons". Foi assim que João Marques, presidente do Grupo Desportivo "3 Santos Populares" se dirigiu à cerca de meia centena de atletas que alinhou na partida do 14ª Grande Prémio de Atletismo "3 Santos Populares", hoje disputado em Carregal do Sal, distrito de Viseu.


A prova masculina, disputada na distância de 12000 metros, acabou por ser dominada pelos atletas da casa, com Gonçalo Borges e José Gaspar, ambos atletas da seleção portuguesa de corrida de montanha, a assumirem as despesas da prova desde o início, com vantagem para Gonçalo Borges, que pouco antes dos dez quilómetros, ganhou vantagem sobre o seu colega de equipa, não sendo possível apresentar os tempos finais dos atletas seniores, por os mesmos não terem sido fornecidos pela organização.



"Eu senti-me bem e aos cerca de 9,5 quilómetros apostei... podia ter corrrido mal sabendo eu das qualidades do José Gaspar, que à partida anda mais que eu, pois é bom lembrar que é um atleta internacional, mas sentia-me bem preparado" - explicou Gonçalo Borges.



Na terceira posição da geral acabou por ficar Carlos Alves, do Boavista do Pico, seguido do seu colega de equipa João Vaz, ambos veteranos 1. Referência ainda para a presença de Luís Jesus, antigo atleta internacional, que a pouco mais de três meses de completar 42 anos ainda conseguiu completar a prova na quinta posição da geral, aproveitando o facto de estar a gozar ferias em Tábua, a sua terra natal, a escassos quilómetros de Carregal do Sal.



A prova feminina, que se iniciou à passagem dos primeiros atletas pelo ponto de retorno, teve a distância de cerca de 6 mil metros, com a jovem Cátia Teixeira, da Casa de Povo de Mangualde, a controlar a prova, vencendo com uma vantagem confortável de 23 segundos em relação a Edna Neves, do GRECAS de Vagos. Na terceira posição ficou Cátia Almeida, da Casa do Povo de Mangualde, a 1:17 minutos da vencedora, que em declarações ao Atletas.net elogiou o percurso, não deixando de dar algumas sugestões: "Os abastecimentos podiam estar melhor distribuídos para as atletas femininas, pois era muito no início e depois a prova podia começar mais cedo, para evitar o calor" - disse Cátia Teixeira.



Para o Grupo Desportivo "3 Santos Populares" este foi o reativar do seu Grande Prémio, depois de quatro anos de um interregno, em grande parte motivado pelas restrições financeiras, mas ainda assim o presidente, João Marques, considera que o balanço é positivo: "Nesta altura do ano, em que a maior parte dos atletas estão de férias, acabou por ser bom, mas queremos ver se no próximo ano a prova se realiza cerca de um mês mais cedo» - esclarece João Marques que reconhece que o seu clube acaba por pagar os custos da interioridade: "Sim, é uma realidade, até porque não temos as mesmas oportunidades de conseguir os apoios que outras provas e outros clubes do litoral têm, mas o nosso segredo é a dedicação que temos ao desporto e ao atletismo".

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