segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Rui Pedro Silva e Fernanda Ribeiro vencem São Silvestre





A 17ª edição da São Silvestre do Porto teve vencedores já bem conhecidos da mais espectacular corrida de fim de ano em Portugal.

Rui Pedro Silva, nos homens, e Fernanda Ribeiro, nas mulheres, voltaram ao mais alto lugar no pódio de fim de ano na Invicta, num evento marcado pela presença de um número recorde de participantes, só com portugueses em competição, em noite fria mas com tempo seco e saudável, que deu para muita gente estar ao ar livre.

Rui Pedro Silva, atleta do Maratona CP, mostrou um claro ascendente e saiu vencedor da competição, iniciada e finalizada na Avenida dos Aliados, com o excelente tempo final de 29m17s para uns 10km de percurso por vezes muito empinados. O atleta nortenho distanciou um jovem que cada vez mais se vai afirmando, o atleta do Sporting de Braga Tiago Costa (30m05s), que ao terminar em segundo relegou o grande favorito, vencedor em 2008 - e o maior fundista português de sempre nas distâncias intermédias – Rui Silva para terceiro, a cinco segundos de distância.

Depois, a partir do quarto lugar para diante, acabaram Paulo Gomes (Conforlimpa - 30m13s), Alberto Paulo (Marítimo - 30m31s), Manuel Sousa (Argoncilhe - 30m37s), João Carvalho (CCR Andrães - 30m37s) e Daniel Pinheiro (Maia AC - 31m23s).

No sector feminino, a caminho dos 42 anos de idade, a incomparável Fernanda Ribeiro, que agora compete como individual, voltou aos triunfos no Porto. Com 34m58s para a difícil dupla légua da São Silvestre a campeã olímpica de 1996 distanciou com segurança três fundistas do Sporting de Braga - Cláudia Pereira, segunda com 35m22s, seguida de Ercília Machado (35m27s) e Joana Costa (35m47s), enquanto Mónica Silva, vinda este ano do FC Porto para o Maratona, era a quinta com 35m59s.

Aspecto fundamental do evento foi o número recorde de finalizadores da São Silvestre propriamente dita, que se fixou em 2281, ao que haverá a juntar os que acabaram a Mini Caminhada. Assim o evento teve os 5300 participantes que se anteviam, o que para além de um excelente resultado confirma a fidelidade dos inscritos à efectiva presença no evento.

Por fim convém não esquecer que foi cumprida a anunciada homenagem a Mário Silva, o maior atleta de meias distâncias de Portugal antes de Rui Silva, e que foi medalhado de bronze nos 1500m nos Europeus de Split em 1990.

Mário Silva recebeu de outro grande fundista português, José Regalo, uma placa comemorativa de uma carreira como poucas houve no nosso País, e que finalizou da melhor maneira um evento que dificilmente é igualado hoje em Portugal.